Doenças provocadas pelo colesterol podem levar à morte; saiba como funciona o bom e o ruim
Doenças
provocadas pelo colesterol podem levar à morte; saiba como funciona o bom e o
ruim
Uso de estatinas e hábitos saudáveis podem não ser suficientes para
manter o controle
Principal causa de
mortes no Brasil, as DCV’s (Doenças Cardiovasculares), como infarto e AVC
(Acidente Vascular Cerebral), são responsáveis por quase 30% das mortes no País
e estão diretamente ligadas ao controle do colesterol. Pessoas que tenham
histórico familiar dessas doenças ou que já tenham tido casos de DCV’s precisam
ter níveis de colesterol muito baixos e, muitas vezes, enfrentam dificuldades
em atingir suas metas.
O colesterol pode ser
dividido em dois: o HDL (Lipoproteínas de Alta Densidade) e o LDL
(Lipoproteínas de Baixa Densidade), explica André Árpád Faludi, presidente do
Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
— O LDL é conhecido
como o colesterol ruim. Quando seus estão altos, ele se acumula na parede da
artéria, formando placas de gordura e aumentando o risco de DCV’s. Então,
quanto mais baixo o LDL, melhor. Já o HDL, o colesterol bom, limpa as artérias
e ajuda a tirar o acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos.
Um estudo realizado
no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia mostrou que 55% dos pacientes com
colesterol alto estava sendo tratados com a dosagem mais forte das estatinas,
medicamento que reduz, principalmente, o colesterol ruim. Entre os pacientes de
risco, que tinham como meta um LDL menor do que 70 mg/dL, apenas 33% conseguiam
atingir a meta com a ajuda de estatinas e, em alguns casos, de ezetimiba, outro
medicamento para controle do colesterol. De todos os pacientes, 76% estavam
fora da meta.
Os níveis de
colesterol de uma pessoa são detectados por meio de um exame de sangue. Adultos
saudáveis e acima dos 20 anos devem ter colesterol total inferior a 190 mg/dL e
colesterol LDL de, no máximo 130 mg/dL. O nível desejado de LDL vai diminuindo
de acordo com os fatores de risco de cada paciente, podendo chegar a apenas 50
mg/dL. Hoje, pacientes com colesterol acima do ideal são tratados com
estatinas, que podem vir em dosagens fracas, médias e fortes.
Causas e tratamento
Diversos fatores
contribuem para o nível de colesterol no sangue, entre eles, cerca de 800 mil
pessoas no Brasil sofrem de Hipercolesterolemia Familiar, quando o colesterol
alto é herdado geneticamente. Idade e sexo também são fatores que não podem ser
modificados.
Hábitos saudáveis de
alimentação e exercício físico regular, não fumar ou abusar do álcool também
contribuem para manter os níveis de colesterol sob controle. Mas mesmo as
pessoas mais regradas podem ter dificuldade de manter suas metas.
— Só 30% do
colesterol vem do que ingerimos, os outros 70% são produzidos pelo fígado.
Então, alimentação e exercício são importantes, mas não são suficientes em
muitos casos.
Como o tratamento
tradicional se mostra insuficiente em muitos casos, um novo medicamento foi
desenvolvido e aprovado no Brasil em agosto de 2016. O Praluent (alirocumabe) é
um medicamento para o colesterol LDL muito alto. O medicamento que serve como
complemento e pode reduzir o colesterol em 60%, a partir dos resultados da
estatina.
A substância é
administrada pelo próprio paciente com caneta aplicadora por via subcutânea.
Cada caneta, que pode ser receitada com 75 mg ou 150 mg, é usada apenas uma vez
e descartada em seguida. A aplicação deve ser feita a cada 15 dias.
O preço do tratamento
é salgado, cada caneta custa R$ 1.287,13. Ou seja, o tratamento passa dos R$
2.500 por mês.
De acordo com Luciana
Giangrande, diretora médica da Sanofi para a América Latina, os planos da
empresa são de que o Praluent seja distribuído no SUS (Sistema Único de Saúde)
no futuro, mas, por enquanto, o medicamento está disponível apenas para compra.
http://noticias.r7.com/saude/doencas-provocadas-pelo-colesterol-podem-levar-a-morte-saiba-como-funciona-o-bom-e-o-ruim-14032017
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