Como superar o fim de um relacionamento? A ciência explica
Como superar o fim de
um relacionamento? A ciência explica
Segundo
cientistas americanos, acreditar que você está fazendo algo para seguir em
frente impacta na secreção de neurotransmissores, reduzindo o sofrimento
Ter
o ‘coração partido‘ é uma das experiências mais traumáticas da vida. No
entanto, de acordo com um estudo da Universidade do Colorado, nos Estados
Unidos, acreditar que está fazendo algo para superar o término de um
relacionamento, independente como, pode ajudar a aliviar o sofrimento. Esse
efeito placebo, segundo os cientistas, influencia regiões do cérebro associadas
às emoções, liberando dopamina – um dos neurotransmissores responsáveis pelo
sentimento de felicidade.
Superar a dor
Durante
décadas, pesquisas mostraram que as expectativas positivas, mesmo em
tratamentos com pílulas sem ingredientes ativos na composição, podem aliviar
mensuravelmente a dor. Neste estudo, os especialistas procuraram identificar o
impacto do efeito placebo nas dores emocionais de uma rejeição romântica, por
exemplo. “O término de um relacionamento é uma das piores experiências
emocionais que uma pessoa pode ter ao longo da vida e pode ser um gatilho para
problemas psicológicos“, explicou ao Daily Mail Leonie Koban, um dos autores da
pesquisa publicada no Journal of Neuroscience.
Para
os pesquisadores, as recentes descobertas são importantes considerando que
rompimentos estão relacionados a um risco 20 vezes maior de desenvolver
depressão em um ano. “Em nosso estudo, descobrimos que que esse efeito placebo
pode ter um grande efeito na redução dessa dor social“, disse Koban. “Só o fato
de que você está se engajando em algo para benefício próprio, e que pode lhe
dar esperanças, já pode ter um impacto”, completou Tor Wager, coautor do
estudo.
A pesquisa
Durante
o levantamento, foram selecionadas 40 pessoas que haviam passado recentemente
por um rompimento romântico indesejado. Para detectar as diferenças de imagens
cerebrais, cada um dos participantes observou uma foto de seu ex-parceiro e
outra foto de algum amigo próximo do mesmo sexo.
Enquanto
tinham seus cérebros analisados por uma máquina de imagem por ressonância
magnética funcional (fMRI), eles foram orientados a falar sobre a experiência
do término enquanto observavam fotos de seus antigos parceiros. Depois,
enquanto observavam fotos de seus respectivos amigos, os participantes foram
submetidos a uma aplicação de calor na pele do braço, para simular a dor
física.
Ao
final, os participantes responderam um questionário avaliando a forma como se
sentiram, em uma escala de um (muito bem) a cinco (muito mal). Segundo o
estudo, embora não fossem exatamente idênticas, as regiões do cérebro que se
iluminaram durante a dor física e a dor emocional foram semelhantes.
Efeito placebo
Depois
dos exames, a equipe de pesquisa administrou nos voluntários uma espécie de
spray nasal. Para metade deles, os cientistas disseram que se tratava de um
‘poderoso analgésico’ que possuía efeito na redução da dor emocional, enquanto
para os outros, que era apenas um soro fisiológico tradicional.
Cada
participante foi, então, novamente examinado pelo fMRI, sob as mesmas condições
anteriores. O grupo placebo não só sentiu uma redução das dores física e
emocional, como também respondeu melhor às imagens dos antigos parceiros. A
atividade no córtex pré-frontal dorsolateral do cérebro – uma área envolvida
com a modulação de emoções, inclusive da depressão – também aumentou de forma
acentuada.
Os
participantes do grupo placebo também mostraram grande atividade em uma área do
cérebro chamada de substância cinzenta periaquedutal, que desempenha um papel
fundamental na liberação de substâncias químicas que atuam como analgésicos
naturais e neurotransmissores, como a dopamina.
Fonte de Pesquisa:
http://veja.abril.com.br/saude/como-superar-o-fim-de-um-relacionamento-a-ciencia-explica/
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